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“Dependência de droga é uma doença do cérebro”

O conceito do título é da psiquiatra Nora Volkow, Diretora do National Institute on Drug Abuse , maior instituto de pesquisas sobre drogas no mundo. Ela participou brilhantemente do Congresso da Associação Psiquiátrica Americana , em São Francisco, Califórnia, em maio de 2019. Suas pesquisas são utilizadas em todo o mundo. Em São Paulo seus estudos são referências para o diagnóstico e tratamento de dependências químicas e orientam as atividades terapêuticas da clínica Greenwood, referência para psiquiatras no Brasil, na Argentina, nos Estados Unidos, na Espanha e em Portugal. A Greenwood mantém duas unidades. A da internação ,fica em Itapecerica da Serra, município paulista a 41 quilômetros da capital. O Hospital- Dia fica no Jardim Paulista,na Zona Oeste de São Paulo.

                                                                              Psiquiatra Nora Volkow

O fundador e Diretor Clínico da Greenwood é o psiquiatra Pablo Miguel Roig, que estuda e trata dependência de drogas há 42 anos. Na quarta-feira, 29 de abril, o doutor Pablo Miguel Roig, CRM 24968, participou da live “CRACOLÂNDIA: DEPENDÊNCIA QUÍMICA EM TEMPOS DE COVID-19”, promovida pela Liga Acadêmica de Psicanálise e Psicopatologia, com a participação do psicólogo Wemerson Peixoto de Melo Moura. A coordenação foi de Mateus Ferreira de Lima.

AS IMPORTANTES EXPLICAÇÕES DO DOUTOR PABLO MIGUEL ROIG SERÃO REAPRESENTADAS NESTE BLOG EM TRÊS CAPÍTULOS. NO PRIMEIRO, ELE DESCREVE COMO A DROGA DESESTRUTURA O CÉREBRO E SE TORNA A ÚNICA PRIORIDADE:

AMANHÃ, O DOUTOR PABLO MIGUEL ROIG denuncia: “ cracolândia é uma vergonha nacional e tem sido usada por todos os candidatos como campanha política”.

O submundo das drogas VEJA

Em matéria publicada na Revista Veja por André Mattos, um dos especialistas da Clínica Greenwood, psiquiatra Pablo Roig fala sobre os números alarmantes sobre drogas como a constatação que o uso de crack aumentou em 60%. Abaixo a reportagem na íntegra. Leia mais

Polêmica, ação na Cracolândia completa 2 semanas

A ação da Polícia Militar apreendeu, até o momento, pouco mais de dois quilos de crack


O tráfico de drogas vai se afastar da Cracolândia para evitar prisões, por isso, o serviço de inteligência do DENARC é fundamental neste momento. A operação da Polícia Militar, que completa hoje duas semanas, apreendeu pouco mais de dois quilos de crack.

Já o Departamento de Narcóticos localizou, em apenas uma ação, dezesseis mil pedras da droga, que somam mais de sete quilos. Para a cúpula da segurança pública, pequenas apreensões na Cracolândia são normais e a dificuldade de Publicidadeencontrar grandes quantidades tende a aumentar.

A presença ostensiva da Polícia Militar fez com que usuários e traficantes se espalhassem e fracionassem as pedras para diminuir o tamanho. Em entrevista a Thiago Samora, o diretor do DENARC, Wagner Giudice, disse que a polícia agora vai agir para encontrar os laboratórios do crack. “Dentro da Cracolândia é muito difícil você fazer uma apreensão de mais de meio quilo. Quando chega lá, é muito espalhado”.

De acordo com a PM, o tráfico de drogas não acabou na Cracolândia, mas o local está pronto para o trabalho dos agentes de saúde. O comandante da PM, coronel Álvaro Batista Camilo, explicou que não haverá ação integrada para poder aumentar as chances de adesão ao tratamento.

O secretário de Saúde, Giovanni Guido Cerri, garante que o governo do Estado está aumentando o número de leitos para internação dos dependentes químicos. Cerri lembrou que o crack é um problema sério e enfatiza que o álcool é a porta de entrada para as drogas. “O grande problema de saúde pública é o álcool, que é a porta de entrada para as drogas”.

O governador de São Paulo elogiou o trabalho dos assistentes sociais que convenceram centenas de usuários a optar pela internação sem obrigatoriedade. Segundo Alckmin, o trabalho é longo e a polícia vai continuar na região da Cracolândia por tempo indeterminado.

O governador destaca que a reunião da última semana colocou o Ministério Público por dentro das ações da polícia no Centro. De acordo com Geraldo Alckmin, agora as instituições devem agir de maneira mais integrada.

Filhos de Dependentes Químicos

Filhos de Dependentes Químicos

 

Filhos de dependentes químicos tendem a serem crianças e adolescentes com dificuldades emocionais relacionadas à auto-estima, tornam-se inseguras e com riscos de desenvolver doenças como depressão e ansiedade precocemente. Vivem em ambientes estressantes e sem rotinas pré estabelecidas. Fatores que no futuro podem vir afetar seu desenvolvimento social e deficiência nas relações dentre outros prejuízos.
As dependências afetam toda a família tornando os lares ambientes tensos, frágeis, desorganizados e as relações disfuncionais. Empobrecimento em resoluções de problemas.
Predominam ainda as dificuldades escolares, riscos de agressões físicas e abusos em alguns casos.

Uma abordagem preventiva de caráter terapêutico é importante, mesmo que haja na família um membro na primeira fase da dependência.
O ambulatório da Greenwood oferece um acompanhamento terapêutico e reabilitador para crianças e adolescentes. Espaço “CRESCENDO E DESENVOLVENDO A CRIATIVIDADE” é um programa que visa estimular a criatividade, proporcionando aos jovens a oportunidade de se descobrirem através de sua própria habilidade, construindo e conservando sua motivação para a vida. Proporciona um espaço de convivência e apoio, capaz de colaborar com sua rotina. Desenvolve segurança, auto-estima e organização, além da assertividade e atitudes proativas.

 

Dr Juan Pablo                                                               Monique Brandão de Freitas

Médico                                                                                     Psicóloga Clínica

Vera Fischer Deixa Clinica de Reabilitação

Vera Fischer, 59 anos, deixou a clínica de reabilitação na manhã desta terça-feira (27), no Rio de Janeiro, depois de dois meses de internação, para tratar de sua dependência química.

Vera já tinha recebido alta da equipe médica no último dia 10, desde que continuasse com um acompanhamento médico em casa. À época, optou por ficar internada. Na despedida, a atriz, visivelmente abatida, fez questão de cumprimentar os funcionários e pacientes.

Segundo a amiga e assessora da loira, Liège Monteiro, ela está muito animada e mais forte do que quando entrou. “Ela está muito bem”, contou a porta-voz.

O histórico de Vera Fischer com as drogas vem de longa data. Vera já passou por três outras internações. Em 1995, foram duas: uma após uma briga com a babá de seu filho Gabriel, fruto de seu relacionamento com o ator Felipe Camargo, e outra quando destruiu os móveis de sua casa. Dois anos depois, a mais longa internação de todas, quando se submeteu a um rigoroso tratamento de oito semanas.

Após a alta médica, a atriz seguiu para sua casa. Vera continuará tratamento com sessões semanais com um psiquiatra.

Vera Fischer deixa clínica de reabilitação

Vera Fischer deixa clínica de reabilitação, nesta terça (dia 27).

Em poucas semanas, oxi leva ao emagrecimento e à perda de dentes

Efeito da nova droga no corpo é devastador: crises renais, diarreia e vômitos.

As marcas deixadas pelo oxi nos corpos dos usuários são visíveis. Assim como as reações no comportamento— os dependentes permanecem sempre nervosos e agitados durante e após o consumo da droga , os efeitos em órgãos vitais como rim, pulmão e fígado são considerados devastadores. Os usuários de oxi, logo nos primeiros dias de consumo, apresentam problemas no aparelho digestivo e complicações renais. As dores de cabeça e as náuseas passam a ser constantes, diárias, e há crises crônicas de vômito e diarreia, um quadro comum enfrentado por quem faz uso da droga.

Os usuários também apresentam dificuldade para respirar, e a pele passa a ter uma cor amarelada. Em poucas semanas, o dependente perde muito peso e tem início um rápido processo de envelhecimento. A morte por complicações de saúde pode chegar em prazos inferiores a dois anos. As reações do oxi nos usuários são semelhantes às do crack. No entanto, em função de o efeito da droga passar mais rapidamente, a vontade de consumir novamente é imediata. O efeito do oxi é muito rápido, a droga chega ao cérebro em poucos segundos. Seu efeito também passa mais rápido, por isso a necessidade de consumir cada vez mais e mais. É uma reação avassaladora. Diferentemente do crack, o usuário ainda sente a necessidade forte de mesclar o oxi com outras drogas, principalmente a própria cocaína em pó e o álcool, explica a psicóloga Maria Stella Cordovil Casotti, que trabalha há 14 anos com a recuperação de usuários de drogas e atua hoje no estado do Acre. Concentração de cocaína é maior no oxi e chega a 80%. Perito criminal da Polícia Federal em Rio Branco, Ronaldo Carneiro da Silva Júnior explica que a característica do oxi de viciar mais rápido que o cracke as demais drogas está em sua composição. Enquanto a cocaína em pó, que é inalada, possui cerca de 10% de substância cocaína, o crack possui 40%.  Já o oxi supera ambas as drogas. A substância cocaína chega a80%, apesar de a pureza da droga ser baixa, decorrente da mistura de derivados de petróleo, cal, permanganato de potássio e solução líquida usada em bateria de carro. O perito chama a atenção para as reações que identificam o usuário de oxi. O dependente da droga deixa de dormir durante vários dias, consumindo o produto durante dia e noite seguidamente. Sob o efeito da droga,o usuário passa a apresentar tremores e agitação constantes.Outra característica são os olhos com pupilas dilatadas. Os efeitos do oxi também estão na boca dos dependentes. Como a mistura de gasolina, querosene e produtos corrosivos é grande na composição da droga, os dentes sofrem desgaste, ganham uma tonalidade escura e quebram. O processo culmina na perda dos dentes. Prazer evolui para depressão entre usuários, Para o médico Zelik Trajber,da Fundação Nacional de Saúde(Funasa) no estado de Mato Grosso do Sul, quanto maior o número de substâncias tóxicas usadas na preparação da droga,maiores serão os estragos no corpo do usuário. É o caso do oxi, que usa derivados de petróleo e cal. As drogas só vão piorando, e seus efeitos e malefícios, aumentando— diz ele. Trajber faz um paralelo entre o oxi e o crack e chama a atenção para os efeitos no comportamento. De acordo com o médico, usuários dessas drogas apresentam reações violentas.— A princípio, o dependente de drogas sente uma sensação de satisfação, que depois evolui para a depressão. O usuário tende a sair fora da realidade, a viver em um outro mundo — explica Trajber.